25/06/2012

Ex-presidente do DEM denuncia desvio de dinheiro de fundo partidário no Acre


O ex-presidente do PFL, atual DEM, Chagas Freitas, denuncia o desvio de recursos no partido. De acordo com Freitas, ao assumir o partido em 2005, a legenda estaria enfrentando ações na Justiça, por dívidas com funcionários e aluguéis de imóveis. O ex-dirigente partidário denuncia ainda, que uma série de cheques sem fundos foram emitidos pela gestão anterior, sendo pagos em sua gestão.
Chagas Freitas sucedeu o ex-presidente José Vieira, marido da pré-candidata à prefeitura de Sena Madureira, Toinha Vieira (PSDB). Paulo Ximenes e Luiz Pereira também integravam o diretório.
Segundo Freitas, os ex-dirigentes emitiram tantos cheques sem fundo, que o Banco Central encerrou a conta do PFL/DEM. A movimentação financeira do partido passou a ser feita através de uma nova conta.
Os problemas enfrentados pelo partido resultaram em uma séria de denúncias graves envolvendo dirigentes e ex-caciques da legenda. Freitas aponta ainda, Saulo Queiroz, do PSD de Petecão, que saberia da situação no Acre.
Vários políticos que atualmente dão as cartas em partido de oposição no Acre estariam envolvidos nos desvio do fundo partidário do PFL/DEM.
Freitas resolveu abrir a boca, após a negativa do presidente do Democratas, Agripino Maia, em assumir uma posição oficial, sobre os desvios praticados no diretório estadual do Democratas, do Acre.
Um dos fatores que motivou a denúncia foi a rejeição da prestação de contas em 2006, o TRE-Acre rejeitou as contas do PFL/DEMl, sob o comando de Chagas Freitas.
O TRE apontou aplicações irregulares de dinheiro do fundo partidário. O caso foi remetido ao TCU, que condenou Chagas Freitas e o tesoureiro do PFL/DEM do Acre, Raimundo Aragão.
Os dois foram condenados a deverão devolver, R$ 189.479,53. Os responsáveis não comprovaram a aplicação correta de recursos do Fundo ao diretório do partido em 2005.
Hoje o débito está em mais de R$ 200 mil, devido à correção monetária e aos juros. Freitas luta para que o partido assuma o pagamento dessa dívida. O comando nacional do DEM se recusa.
“Temos a comprovação de todos os gastos do diretório do Acre. Somente fiz pagamentos por ordem do diretório nacional do partido. Como o partido quer que eu assuma essa responsabilidade?”, questiona Chagas Freitas.
HISTÓRICO NEGRO DE DIRIGENTES
O ex-presidente do PFL/DEM, Alércio Dias, também foi condenado pelo uso indevido de verbas do fundo partidário. O caso é referente à prestação de contas do partido no exercício de 2000.
O Fundo Partidário é constituído por verbas públicas e destinado a subsidiar exclusivamente atividades partidárias autorizadas pela Lei 9.096/95.
O ex-dirigente teria usado os recursos para o pagamento de contas particulares. Foram analisados todos os documentos apresentados como comprovantes das despesas feitas.
Após a apuração, ficou comprovado que houve aplicação das verbas públicas em despesas de telefone, viagens, hospedagens, combustíveis e outras despesas, sempre em benefício de Alércio Dias, diz a sentença.
A condenação aplicada a Alércio foi de dois anos e quatro meses de reclusão. A pena, no entanto, foi convertida pelo juiz federal David Wilson de Abreu Pardo à doação de cestas básicas.
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