18/07/2012

Assessora que aparece em vídeo de sexo deve ser demitida, diz senador


'Não vou passar o resto do mandato dando explicação', disse Ciro Nogueira.
Gravação vazou há três semanas dentro do Senado e circulou na CPI.



Denise (Foto: Yala Sena/Arquivo Pessoal)A assessora parlamentar Denise Leitão Rocha
(Foto: Yala Sena/Arquivo Pessoal)
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) disse ao G1na noite desta quarta-feira (18) que a assessora Denise Leitão Rocha deverá ser demitida quando voltar do recesso, em agosto. Ela seria a mulher que aparece em cenas de sexo em um vídeo que circulou dentro no Senado.

"Tudo leva a crer que ela vai ser afastada definitivamente", disse ao ser questionado sobre a demissão. "Não vou passar o resto do mandato dando explicação sobre uma situação que aconteceu", completou o senador, que diz não saber como o vídeo foi feito nem como vazou.
"Eu preciso de uma assessora nas comissões, que faça o trabalho. Não posso ter uma pessoa que não vai conseguir desempenhar o seu mandato né? Pelo jeito que estão indo as coisas...", disse. "Não posso ter uma celebridade, não é esse o trabalho".

Nesta terça, Nogueira já havia se queixado por passar por uma situação "muito constrangedora" após o aparecimento do vídeo. A gravação circulou entre assessores e jornalistas que cobrem a CPI do Cachoeira há três semanas, com origem e circunstâncias desconhecidas.
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Nogueira garantiu que o ato não ocorreu nas dependências do Senado. "Isso eu já mandei averiguar, e não. Com certeza não foi no Senado não. Se fosse no Senado, já teria tomado a decisão de demitir sumariamente".

Nogueira repetiu que a assessora cumpria bem o trabalho como assessora jurídica. "Era uma funcionária exemplar, desempenhava muito bem as funções dela. Nunca tive nenhuma reclamação", afirmou o senador. "O problema é que essa pessoa vai estar exposta a todo tempo e não é um trabalho dentro do gabinete".
Advogada, Denise acompanhava o senador durante a análise e votação de projetos de leis nas comissões do Senado. Começou a trabalhar para o gabinete no início de 2011 e ganhava cerca de R$ 4 mil por mês. Segundo Nogueira, ganhou o posto após análise de currículo e entrevista.

Vazamento
O vídeo chamou a atenção dos jornalistas durante o depoimento do prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), na última terça-feira (10), no Senado. Antes disso, já era conhecido por alguns jornalistas, mas foi visto na tela de laptops de alguns parlamentares durante a sessão. Na ocasião, Denise chegou a entrar na sala, mas diante da curiosidade de fotógrafos e jornalistas, evitou levantar o rosto e saiu em 5 minutos.

G1 procurou a assessora, mas não foi localizada. Os colegas de gabinete disseram não ter autorização para informar o telefone pessoal e ficaram de passar o recado.
Depois dos vazamento, o vídeo foi largamente repassado e exibido no comitê de imprensa do Senado, onde ficam os jornalistas. Com a repercussão interna, a assessora pediu um afastamento, aproveitando o período de recesso dos parlamentares. Ao jornal Extra, Denise afirmou que pretende entrar na Justiça contra o responsável pelo vazamento das imagens
Fonte G1
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Rocha é destituído do cargo de coordenador da campanha de Bocalom




Uma luz vermelha (Que ironia!) começou a piscar incessantemente no ninho tucano. O alerta apresentou a possibilidade da candidatura de Tião Bocalom “fazer água” já nesses primeiros dias de campanha eleitoral. A direção do PSDB e da coligação Produzir Para Empregar resolveu tomar uma atitude radical: destituir o deputado Wherles Fernandes da Rocha, o Major Rocha, da coordenação geral da campanha e convocar um profissional de mídia, o jornalista José Américo Moreira da Silva.
A medida está sendo tomada poucos dias depois do PSDB constatar que Tião Bocalom estaria perdendo espaço na candidatura à prefeitura de Rio Branco enquanto que o petista Marcus Alexandre Médici, da Frente Popular, estaria em franca ascensão. Rocha teria se mostrado incompetente para manter Bocalom à frente das pesquisas.
Desde que assumiu o cargo de coordenador da campanha, Rocha teria contribuído substancialmente para alguns dos principais erros do intento do PSDB para assumir o poder municipal. Entre eles estaria a política de alianças, ou seja, a falta dela. O PSDB, ao invés de somar aliados, acabou por espalhar grande parte daqueles que já estavam confirmados como apoiadores da candidatura de Bocalom. Foi assim com o senador Sérgio Petecão, com o ex-deputado federal Fernando Melo e, mais recentemente, com o apoio evangélico que deixou de fora o PSC de Antônia Lúcia e que empurrou o deputado estadual Jamyl Asfury – ex-DEM e recém-filiado ao PEN – para os braços da Frente Popular.
Rocha deixa o cargo de coordenador da campanha, mas enganam-se os que pensam que ele estará fora dela. Ele foi rebaixado e deve agora exercer a função de “galo de briga”, ou seja, Rocha ficará na linha de frente puxando briga com as lideranças adversárias. Caberá a Rocha as ações que já conhece bem, como aquelas que há alguns meses baixou consideravelmente o nível da campanha, como é o caso dos panfletos apócrifos e outras denúncias caluniosas que foram jogados para a opinião pública de forma coordenada e coadunada com inflamados discursos na tribuna da Assembleia Legislativa.
“Rocha foi rebaixado ao cargo de Rui Birico”, disse uma liderança do PSDB ao analisar o rebaixamento do deputado tucano. Rui Birico é um dos principais militantes do PSDB e um dos principais articuladores da baixaria produzida pelo PSDB, entre elas os já citados panfletos apócrifos.
Apesar da incompetência de Rocha para coordenar a campanha de Bocalom, não se sabe se a troca poderá surtir o efeito desejado. José Américo Moreira da Silva, apesar de ser um profissional com larga experiência eleitoral, terá pouco tempo para retomar as rédeas da campanha. Além disso, ele dispõe de pouco conhecimento sobre a realidade local e sobre as peculiaridades das campanhas eleitorais realizadas no Acre. “Ele conhece bem de campanha eleitoral, mas, ao que se sabe, esse conhecimento tem muito a ver com a Angola e Guiné Equatorial, local em que atuou por muito tempo. Aqui é outra situação, é outra realidade”, ressaltou o dirigente partidário.
Bocalom, no entanto, espera valer-se do conhecimento que José Américo tem na área de vídeo. Ele espera dar maior corpo à candidatura a partir da aparição na televisão através do horário eleitoral gratuito. Sua preocupação com esse aspecto é tamanha que chegou, inclusive, a realizar um curso com o ator global Odilon Wagner. Bocalom quer aparentar menos arrogância durante suas aparições, afinal, essa é uma de suas características mais marcantes e uma das que mais afasta aliados e apoiadores.